Os Evangelhos revelam que um menino pobre de nome Jesus, filho de Maria e José, que nasceu num lugar muito humilde da Palestina, é o Cristo, Filho de Deus, o Messias, Redentor e Salvador da humanidade. Este fato deve causar um sentimento de alegria imensurável, porque nos diz que Deus se fez humano e veio nos visitar. E, em nosso meio, Deus se fez gente como nós.
É fascinante crer num Deus que fez o céu e a terra e tudo o que existe, mas é extraordinariamente fantástico crer num Deus que tem compaixão, que vem ao nosso encontro, que valoriza a nossa imagem de gente, colocando-se no lugar dos mais pobres entre os pobres desta Terra.
Se tivéssemos que dizer uma palavra de agradecimento para Deus, não a teríamos. Deus, por sua ternura e bondade, aceita nossos ritos, danças, gritos e canções de louvor e gratidão, mas nos pede algo a mais, não para Ele, mas para a humanidade. Deus nos pede a compaixão, o amor e a solidariedade para com nosso semelhante – semelhante, que às vezes pode ser diferente na fé, na cultura e em tudo, mas é humano, como o próprio Deus se fez.
Celebramos o Natal anualmente, mas nem sempre nos damos conta de seu verdadeiro sentido. Muitas vezes ficamos apenas no aspecto comercial e nos esquecemos do que realmente é o mais valoroso. Claro que não podemos negar a importância de dar presentes, visitar e arrumar os ambientes, mas que tudo isso não ofusque o mais importante, de que o Natal é o evento em que Deus se fez gente. Por isso, podemos celebrar o sentimento da maior alegria possível num coração humano. Deus vem nos visitar.
Deus é conosco, portanto, fiquemos alegres. Deus é gente como nós, portanto, amemo-nos uns aos outros como Ele nos ama. Deus tem compaixão e valoriza a nossa humanidade, portanto, tenhamos mais esperança.
Que neste Natal habite em nós a esperança de esperançar, de acreditar e buscar nossos sonhos, de lutar e resistir, com amor e alegria, na defesa da vida.
Feliz Natal e Abençoado 2017.
Reverendo Pilato Pereira – pároco da Ascensão.
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